Rute 1:14 NTLH
A história dessas três mulheres ( Noemi, Orfa e Rute) sempre me traz uma novidade a cada leitura. Já ouvi por diversas vezes um texto muito famoso, quando Rute se compromete com sua sogra, em casamentos, noivados, reunião de família e ele se encaixa muito bem, também (confira na Bíblia o livro de Rute, capítulo 1)! Mas há um ponto na história que me chama a atenção, um ponto de DECISÃO!
A vida delas se cruzam em um momento de mudança, quando Noemi, seu esposo e filhos saem de sua cidade de origem devido as dificuldades enfrentadas, que impossibilitavam a subsistência daquela família. Eles então se adaptam a um novo estilo de vida, ao redor de pessoas que possuíam uma cultura e hábitos diferentes. Consequentemente, seus filhos , seguindo o fluxo de suas vidas, casam-se com mulheres dessa comunidade chamada de moabitas. Passaram a viver como família, compartilhando as alegrias e também as tristezas.
Circunstâncias da vida as deixaram sozinhas, Noemi e suas noras. O que para elas é estar em uma situação muito desfavorável. Naquela época ser mulher já era complicado, viúva então... Lembra do post de terça??!!
Noemi aconselha suas noras a voltarem para suas famílias, lugar onde estariam seguras, teriam sustento e ainda a possibilidade de recomeçar a vida.
Não havia mais obrigações a cumprir entre elas, estavam liberadas para seguir. E elas decidem. Uma se despede com um beijo envolto em lágrimas, a outra faz votos de permanência.
Nesta caminhada que chamamos de vida passamos por situações semelhantes à dessas mulheres, não necessariamente com a perda de filhos e esposo mas principalmente com a decisão de qual caminho seguir e se aqueles que estão conosco seguirão junto ou vão tomar outro rumo.
Sempre chega o momento da escolha: ir ou ficar. Quem se foi não deve ser considerado como fraco, que não aguentou o tranco ou que não se importa com quem ficou mas deve-se entender que ele(a) julgou ser a melhor escolha para si, mesmo que depois perceba que a decisão não foi tão boa assim.
A nora que decidiu ficar teve que aprender a viver e conviver em uma nova realidade, junto a outro povo e assumiu o compromisso de não fazer isso sozinha, uma aliança, fez uma parceria de recomeço! A partir de então, as decisões eram partilhadas, as dificuldades também. Passaram a ter uma nova perspectiva, a criar novas expectativas e a viver grandes sonhos.
Nos apressamos em julgar as decisões daqueles que escolheram ir baseados na nossa visão de “melhor escolha”e perdemos muito tempo e energia nisso, tanto que esquecemos de perceber quem decidiu ficar e, de uma forma ou de outra, se comprometeu a continuar a caminhar com a gente.
Não menospreze, abandone ou ignore aquele que escolheu ir, mas valorize quem decidiu ficar. Você vai ter uma oportunidade de aprender maneiras novas de continuar a caminhada da vida, que fica muito mais leve quando não estamos sozinhos.
Até a próxima!
Shirley Assis
InterColunista às quintas
Particularmente um carinho especial por este contexto bíblico! Obrigada por edificar a minha vida, Shirlinha! <3
ResponderExcluir"Noemi, Rute e Orfa": é sobre renunciar e ainda assim, seguir. Não se permitir ser paralisado pelas circunstâncias.
Beijos, Liz.